terça-feira, 30 de setembro de 2014

De Bicicleta no BRT MOVE

Na última Massa Crítica, levei minha bicicleta, a Dona Florinda (sim, esse é o nome da bike) no BRT para voltar pra casa. Depois de ter ido de casa até o centro e do centro ter feito um passeio de aproximadamente 1 hora e meia, totalizando 3h em cima da bike (gastei também 1 hora e meia para chegar até o centro), estava cansada e como quem conhece a realidade de BH sabe, é perigoso uma menina voltar sozinha pra casa depois das 22h, passando pela Lagoinha e Pedro II. Logo, decidi tentar entrar no BRT com a bike. O detalhe é que era uma sexta-feira e só é permitido circular no BRT com a bike aos finais de semana. O primeiro ônibus não me deixou entrar, disse que só no dia seguinte. Ok Esperei o próximo que estava até mais vazio, esse permitiu. Foi uma gentileza, claro. Mas o que mais me impressionou foi a compaixão das pessoas. Vendo que eu estava com dificuldade em subir a bike ( a porta é muito, mas muito estreita e tem uma barra divisória no meio), um dos passageiros veio me ajudar. Na verdade, fez tudo sozinho. Ponto negativo do BRT: Inapropriado para entrar fora das estações. Ponto positivo do Breno (o que me ajudou): Coração bom, compaixão. Ponto negativo pra mim: Deveria ter ido para uma estação. Mas não acabou o sufoco, eu ainda tinha que ajeitar a bicicleta no ônibus. Mais uma vez não consegui fazer sozinha. Minha bicicleta é grande e pesada, o sistema é meio confuso e exige uma certa força e habilidade, afinal a bike fica presa por duas fitas, uma dianteira e outra traseira. Um outro passageiro me ajudou a descer os bancos (os bancos da frente do suporte devem ser inutilizados e curvados para que a bike fique suspensa e não impeça a abertura da porta traseira do ônibus), o Breno continuou dando apoio e o trocador foi super atencioso e solícito dando instruções e segurando a bike para eu prender as fitas. Ficou tranquilo, segui minha viagem, super feliz por ter contado com o apoio de todos. A saída do ônibus foi mais tranquila, consegui tirar a fitas com certa agilidade, o trocador retornou para me ajudar a tirar a bike do apoio e o Breno, por coincidência descia no mesmo ponto. Mais uma vez ele fez toda a força ao levantar a bike para sair da estação. E mais uma vez assumo que teria tido muitíssima dificuldade em fazer sozinha, pois a porte de saída de cadeirantes estava fechada e foi preciso passar a bike por cima das catracas. Segui de bike até em casa, cerca de 3km. Foi ótimo. Até as capivaras dormindo tive o prazer de ver. Deixo uma dica, se for entrar de bike no MOVE, faça um esforço para chegar até uma estação! E se possível, vá em dupla ou conte com a solidariedade das pessoas! O que é também uma ótima forma de conhecer e conversar com gente nova! Como falamos na massa: Mais Amor, Menos Motor! Esse foi o legado do dia!

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