segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Massa Crítica - Setembro de 2014

Antes que se passe muito tempo e eu não escreva sobre a última massa... A última massa pra mim pareceu das melhores, e já explico porque: Uma das primeiras vezes em que participei foi em 2009, na bicicletada natalina. Foram aproximadamente 6 pessoas, e eu não sabia direito o que era pedalar em grupo grande, ocupando a pista. De lá pra cá, percebi que a quantidade de pessoas que frequentava bem como até mesmo o interesse político parecia aumentar. Mas não é só a quantidade aumentada de pessoas que me anima na massa, mas o envolvimento e as relações entre os biciclistas e mesmo entre eles e os pedestres e motoristas. Interessante também é o percurso realizado. E é por tudo isso que a última massa me pareceu das melhores: Foi a primeira vez (em que eu estava presente) que a massa não se dirigiu primeiramente para a região da Savassi. Dentro do percurso, a rodoviária, a avenida Paraná, a avenida Amazonas, a praça da Assembléia, a rua São Paulo, a praça Sete e só por fim a praça da Savassi, estiveram na rota. Achei muito interessante a curiosidade das pessoas, pelo menos 3 pessoas me perguntaram o que estávamos fazendo, e infelizmente só consegui explicar para essas 3 pessoas. Infelizmente, porque acho muito importante a interlocução entre os pedestres e os bicicleteiros e gostaria de ter tido tempo e oportunidade de explicar para mais. Além do trajeto e da interação com as pessoas, essa massa se mostrou também mais integrada, os bicicleteiros esperaram mais quem ficava para trás ou quem pedalava mais devagar. E no final, até onde fiquei, teve conflito com um motorista de ônibus. Para quem via de fora e leu as notícias de jornal, parecíamos "baderneiros" impedindo o trânsito, mas é preciso estar dentro para entender a nossa proposta. Não foi só o impedimento da passagem do ônibus que estavamos ali fazendo, mas mostrando que existimos, que somos um grupo grande de pessoas que se locomovem de bike pela cidade e somente na última sexta-feira do mês por alguns míseros minutos, impedimos a circulação de veículos motorizados, em sinal de protesto à invisibilidade, falta de respeito, educação e espaço. E às vezes é preciso que a polícia se desloque, que o guarda de transito saia da zona de conforto, que o motorista de ônibus se irrite, para que a massa apareça no jornal!

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